Viva Isso

Viva Isso
Pro parkour Against Competition.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Um texto, um exemplo, uma reflexão

Há alguns anos atrás, eu me considerava um tracer, um praticante de parkour, que realmente achava que entendia o sentido do que fazia sempre e incansavelmente. Dava meu tempo, suor, corpo, sangue e vida por aquilo que fazia. E realmente achei que entendesse o Parkour e que havia chegado ao topo do conhecimento sobre ele - não de me sentir o melhor, mas de pensar que já sabia tudo sobre o mesmo.

O tempo fora passando e minha mentalidade progredindo, o que fez com que eu reconhecesse minha ignorância quanto ao fato citado acima. Comecei a buscar mais, me exercitar, exigir mais do meu corpo, da minha mente, porém ainda sabia que tudo aquilo era pouco. Eu havia descoberto que o Parkour era como a indústria tecnológica: Uma empresa pode construir o melhor produto que ela possa construir, mas não quer dizer que isso seja tudo, pra crescer mais ela precisa buscar mais recursos.


Tarde demais. Em Dezembro de 2008 fui operado às pressas em consequência de um problema cardíaco e até hoje estou afastado da minha camisa preta, calça larga e meu bom e velho tênis, estou afastado da minha vida. Torturado ao ver que o prazo mínimo, para que aquele tracer que está em mim acorde, apenas se alonga.


Já pensei várias vezes em desistir do Parkour, deixar tudo aquilo pra trás, mas toda vez que via o esforço do grupo que ajudei a construir, toda vez que via um vídeo ou até mesmo uma foto arquivada no meu computador, toda vez que recebia o apoio dos meus companheiros de grupo; o tracer que há em mim dava um grito bem forte como se fosse um sinal de vida e ao mesmo tempo um apelo para que eu não o deixasse morrer.


Mas a intenção deste texto não é simplesmente passar a mensagem de que estou incapacitado de praticar, mas fazer aquele que o ler refletir sobre sua própria vida em relação ao Parkour. Será que você está mesmo praticando o verdadeiro Parkour? Reflita sobre o texto, não cometa o mesmo erro que eu. Comece a viver e entender realmente o Parkour enquanto for possível, é um privilégio que eu lutarei enquanto for vivo para ter.


Eu tenho um empecilho, mas e você? Tem?

Um comentário:

Diogo Rodrigues disse...

O único empecilho que temos na vida somos nós mesmos.